O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta quinta-feira, 21, o vazamento de conversas no WhatsApp entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nas quais o parlamentar fez críticas ao chefe do governo paulista.
Tarcísio disse que a relevação do teor das conversas não vai afetar a relação dele com o capitão, a quem é grato por sua eleição em São Paulo.
“A minha relação com o Bolsonaro vai ser como sempre foi, relação de lealdade, de amizade, de gratidão, com uma pessoa que eu entendo que fez muito pelo Brasil e por mim. Me abriu a porta, foi muito amigo. E eu vou ser amigo, vou estar sempre do lado, vou estar sempre trabalhando para ajudar na medida do possível”, disse em coletiva de imprensa em Brasília.
O governador também criticou a divulgação das conversas, afirmando não ver interesse público no conteúdo, apesar develas terem sido usadas para embasar o novo indiciamento da Polícia Federal (PF) contra Jair e Eduardo Bolsonaro. “Não vou comentar uma conversa privada de pai para filho. É uma questão que só interessa aos dois. E eu não sei nem porque essas conversas foram divulgadas. Isso, realmente, não vejo interesse público nisso”, opinou.
Ainda na linha da crítica, Tarcísio disse não ver sentido nas ações judiciais que os Bolsonaro enfrentam atualmente no Brasil: “Me preocupa um pouco o rumo que as coisas estão tomando, me preocupa um pouco o fato de você ver pessoas sendo investigadas e objeto de ações judiciais simplesmente por fazerem críticas. Eu vejo que isso não faz sentido. Onde a gente vai chegar com isso? Onde é que o Brasil vai parar? Não vejo aí um bom caminho”.
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Tarcísio de Freitas foi ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro e teve sua candidatura lançada e apoiada integralmente pelo ex-presidente. Ele diz ter uma dívida de gratidão por isso.
Na pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta, ele aparece com o melhor resultado frente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a disputa presidencial de 2026, superando todos os presidenciáveis e inclusive Bolsonaro. Em eventuais cenários de segundo turno contra Lula, Tarcísio e Bolsonaro teriam 35% dos votos, mas o governador paulista conseguiria reduzir sua margem contra o petista, que faria 43%, enquanto, contra Bolsonaro, faria 47%.
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