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02 junho 2025

Conta de luz fica mais cara para os baianos

 


Por Hieros Vasconcelos
 
A conta de luz vai pesar mais no bolso dos brasileiros a partir deste mês de junho, e na Bahia não será diferente. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, com a adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, os consumidores pagarão R$ 4,46 a mais a cada 100 quilowatts-hora consumidos. A medida, que já está em vigor, foi motivada pela redução no nível dos reservatórios das hidrelétricas devido ao período seco, o que obriga o país a acionar usinas termoelétricas, mais caras e poluentes.  O resultado é um impacto direto no orçamento das famílias, que precisam lidar com mais um custo elevado num cenário econômico que já pressiona o cotidiano da população.
 
A conta de energia dos baianos já havia sido reajustada recentemente, em abril, quando a Aneel autorizou um aumento médio de 2,05% para os clientes atendidos pela Neoenergia Coelba. Com a aplicação da nova bandeira, a pressão sobre o bolso da população se intensifica, atingindo em cheio famílias de baixa renda, que têm pouco ou nenhum espaço para adaptar seus gastos. Muitos consumidores já vêm adotando estratégias para tentar reduzir o consumo, mas nem sempre isso é suficiente para conter os aumentos sucessivos.
 
Maria das Dores, de 49 anos, empregada doméstica que mora em Sussuarana, conta que tem feito de tudo para economizar. “Eu só deixo a luz da sala acesa de noite. Ventilador, só quando não dá mesmo. A geladeira eu regulei pra potência mínima, e tiro tudo da tomada quando saio”, relata. Mesmo com esses cuidados, a conta chegou a quase R$ 200 no último mês. “A gente se esforça, mas todo mês vem mais caro. Agora, com esse aumento novo, nem sei o que fazer”, lamenta.
 
Especialistas em eficiência energética recomendam uma série de práticas simples, mas eficazes, para reduzir o consumo. Trocar lâmpadas comuns por modelos de LED, que consomem até 80% menos energia, é uma das medidas mais acessíveis. Aproveitar ao máximo a luz natural, mantendo janelas abertas durante o dia, também ajuda a diminuir o uso de iluminação artificial. O uso do chuveiro elétrico, um dos principais vilões da conta, deve ser reduzido com banhos mais curtos e, sempre que possível, em temperaturas mornas ou frias. Aparelhos como geladeira e ar-condicionado devem ser mantidos em bom estado, com a limpeza dos filtros e vedação das portas em dia.
 
Eletrodomésticos e eletrônicos que ficam ligados no modo stand-by, como televisores e micro-ondas, continuam consumindo energia, por isso é importante tirá-los da tomada quando não estiverem em uso. Outra dica importante é concentrar o uso de equipamentos como ferro elétrico, máquina de lavar e secador de cabelo em horários fora do pico, preferencialmente no início da manhã ou à noite, antes das 18h ou depois das 21h. Reunir roupas para passar ou lavar tudo de uma vez só também ajuda a evitar desperdícios.
 
Em residências com muitas pessoas, uma medida que pode surtir efeito é criar uma “política da economia”, envolvendo todos os moradores na missão de reduzir o desperdício. Ensinar crianças e adolescentes a apagar as luzes ao sair dos cômodos e a não abrir a geladeira sem necessidade, por exemplo, contribui para manter o consumo sob controle. Com planejamento e disciplina, é possível amenizar o impacto das tarifas, mesmo com as condições adversas impostas por decisões externas ao controle do consumidor.
 
O aumento da energia elétrica, no entanto, não vem sozinho. Desde o início de 2025, os baianos vêm enfrentando uma escalada de reajustes em serviços essenciais. Em janeiro, a tarifa do transporte público em Salvador subiu para R$ 5,60. Em fevereiro, o Elevador Lacerda passou a cobrar R$ 1 por viagem, contra os simbólicos R$ 0,15 anteriores. E em abril, como já mencionado, houve o reajuste nas contas de luz. 

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