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19 dezembro 2025
Polêmicas e briga familiar: quem é Carlos Jordy, deputado alvo de operação da PF
Um dos alvos da Operação Galho Fraco, deflagrada nesta sexta-feira, 19, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) é acusado pela Polícia Federal de desviar recursos de cotas parlamentares. A prática, indicam as investigações, seria feita por meio do aluguel de carros em concessionárias de fachada. No bojo desse inquérito, o parlamentar esteve na mira de buscas da corporação nesta manhã, assim como o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ). Nascido na cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Jordy está em seu segundo mandato em Brasília.
Eleito pela primeira vez deputado federal na esteira do bolsonarismo, em 2018, Jordy é integrante do chamado núcleo duro de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Filiado ao Partido Liberal, ele também integrou o extinto PSL até 2022. Antes de chegar à Câmara em Brasília, contudo, foi vereador por dois anos na cidade de Niterói, onde construiu seu reduto eleitoral.
Em sua atuação política, tem histórico de discursos bélicos alinhados ao bolsonarismo, com foco na segurança pública e na agenda de costumes, temas caros ao núcleo que rodeou o ex-presidente nos últimos anos. Assim, foi o quarto parlamentar mais votado do Rio em 2018, com mais de 200 mil votos. Quatro anos depois, no entanto, caiu de patamar e foi o 13º no ranking de deputados federais fluminenses, somando pouco mais de 114 mil votos.
Ainda assim, manteve relevância em seu partido, o que lhe rendeu uma cadeira como titular na Comissão de Constituição e Justiça nesta legislatura, assim como suplências em outros quatro grupos de trabalho. Jordy também ocupa os cargos de vice-líder da oposição e da minoria na Câmara dos Deputados. Com uma possível candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à presidência, ele passou a sonhar com um lançamento ao Senado em 2026.
Cota parlamentar já foi motivo de polêmica
Não é a primeira vez que ele surge envolvido em polêmica com a cota parlamentar. E não foi o valor gasto o que mais chamou a atenção. Em 2019, logo após assumir como deputado federal, Jordy foi reembolsado por corridas a um bar e a uma casa “de diversão adulta” em São Paulo. Entre os dias 28 e 31 de março daquele ano, ele gastou R$ 188 com carros de aplicativo na noite da capital paulista — para a tal casa de entretenimento adulto, os trajetos somaram R$ 91,54. O caso veio à tona em outubro do ano passado, quando concorria à prefeitura de Niterói. Na época, ele se defendeu dizendo que um ex-assessor foi quem fez os deslocamentos e que devolveria os valores. No dia 28 de março, nas redes, ele havia pedido aos seguidores dicas de lugares em São Paulo para celebrar o Golpe de 64.
Brigas públicas com irmão deputado
Carlos Jordy é irmão do deputado estadual Renan Jordy, também do PL. Mas o clima entre os dois não é nada fraterno. O deputado federal foi à Justiça brigar para que Renan deixasse de usar na política o apelido “Jordy”. O deputado federal — nascido Carlos Roberto Coelho de Mattos Junior — perdeu recentemente no tribunal. Ele foi apelidado de Jordy quando criança por se parecer com o cantor francês Jordy Lemoine, muito famoso nos anos de 1990 com a música chiclete “Dur Dur d’Être Bébé”, algo como “é duro ser bebê”. “A bem da verdade, ele também, o autor, incorporou a alcunha que deriva de sua semelhança, quando criança, a um cantor francês. Logo se vê, então, que ninguém pode se assenhorar de um nome ou de um tratamento público. Nem o autor, nem o Jordy original”, apontou a sentença.
As desavenças não param por aí e já foram expostas nas redes sociais. Carlos tenta se desvincular do irmão por parte de pai. “Há muito tempo meu irmão vem tendo condutas totalmente incompatíveis com o exercício da função pública, totalmente inaceitáveis”, afirmou o deputado bolsonarista num vídeo postado no último dia 8, após Renan se envolver em mais uma confusão. Após votação na Alerj que livrou Rodrigo Bacellar (União Brasil) da cadeia, um funcionário da Defesa Civil acusou o deputado de ter lhe dado um soco. Renan havia ficado, com outros parlamentares, preso num elevador da Assembleia. Ao sair, teria reclamado da demora no resgate e feito a agressão — ele negou, mais uma vez, a atitude, e alegou que passava por uma crise de ansiedade e claustrofobia.
Em resposta a Carlos, ele também fez um vídeo cheio de ataques, mas sem citar o nome do irmão: ele falou em nunca ter sido um “vagabundo”, um “traficante”, um “líder de torcida violento”, um “ladrão” e um “criminoso contumaz” e que essa pessoa fugiu de Niterói para o Sul no passado e se coloca como “paladino da moralidade”. “O que faz com suas próprias emendas a gente tem que perguntar ao chefe de gabinete dele”, disse ainda Renan, que, no carnaval deste ano, teria dado um soco num assessor do Governo do Estado na saída do camarote do próprio governador. Ele negou a agressão.
A operação
De acordo com o relatório da PF que serviu como base para a operação desta sexta, Jordy e Sóstenes Cavalcante teriam utilizado recursos públicos para pagar contratos de aluguel de carros com empresas que apresentam fortes indícios de serem de fachada, como a Harue Locação de Veículos, também conhecida como Alfa Car. A decisão aponta ainda que diligências policiais constataram que a empresa não funciona em seu domicílio fiscal, caracterizando uma “dissolução irregular”. Mesmo assim, entre 2020 e 2024, Carlos Jordy teria pago 214.000 reais e Sóstenes Cavalcante, 192.400 reais à referida sociedade.
Outro indício de irregularidade é a discrepância no tamanho da frota: enquanto locadoras reais no Rio de Janeiro possuem mais de 20 veículos, a Harue contava com apenas cinco. A investigação destaca movimentações financeiras atípicas de assessores ligados aos gabinetes dos parlamentares, cujos valores são incompatíveis com seus rendimentos declarados.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Jordy classificou a ação como uma “perseguição covarde” e negou o cometimento de crimes.
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