
Assustado com a profundidade da crise global, o governo anunciou ontem um pacote com três medidas para estimular o investimento pelos Estados e assim reanimar a economia, que ficou praticamente estagnada no início do ano. "É uma ação anticíclica que nos deixará imunes ou, pelo menos, menos expostos", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, após reunir-se, ao lado da presidente Dilma Rousseff, com os governadores. A principal medida foi a criação de uma linha de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 20 bilhões, para financiar projetos de infraestrutura. O governo também decidiu estimular as Parcerias Público-Privadas (PPP) nos Estados e municípios, barateando seu custo. O Tesouro autorizará ainda os governadores a elevar o nível de endividamento. "Já melhora o clima", disse o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), questionado sobre a possibilidade de iniciar investimentos ainda este ano. Ele elogiou o fato de o empréstimo ter juro baixo, de 7,1%. Nessas operações, os Estados terão o governo federal como avalista. Caso queiram acelerar os trâmites e dispensar o aval, a taxa sobe para 8,1%. O prazo é de 20 anos para pagar, com um de carência. Os projetos terão de ser aprovados até 31 de janeiro de 2013. O governo ainda vai definir os critérios para dividir os recursos, que serão fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim do mês.
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