Nada menos que 1.870 crianças e adolescentes foram vítimas de abuso sexual no primeiro semestre deste ano na capital da República, revela a Secretaria de Direitos Humanos. O número leva em conta apenas os casos denunciados à polícia. A estatística de 10 casos por dia na capital assusta. Mais do que isso, escancara a necessidade da criação de uma rede efetiva de proteção a meninos e meninas em situação de vulnerabilidade. O estudo mostra também que a violência física ainda é um dos meios de punição mais usados pelos pais. De janeiro a junho deste ano, chegaram às delegacias 696 denúncias de maus-tratos (veja arte). São situações em que a força se torna arma. A maioria das agressões ficam restritas ao ambiente familiar, nem chegam ao conhecimento público. Outras são explícitas e chocam quem está em volta. Em março, um gerente executivo da Caixa Econômica Federal protagonizou uma cena deprimente: espancou o filho, de 3 anos e oito meses, no pátio de um colégio na Asa Sul. Diante do protesto de algumas pessoas, ele continuou a bater no menino no banheiro da escola. O homem foi preso, mas acabou liberado pouco tempo depois.
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