
O que mais preocupa hoje o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, não é a carga tributária, nem a alta das taxas de juros, ou os limites da infraestrutura. O principal gargalo que aflige o setor, afirma ele, é o excesso de exigências da Justiça do Trabalho, que causa insegurança nas empresas. "A Justiça do Trabalho hoje é um impeditivo para os investimentos. Ela faz o papel do Congresso, promulga as leis, decide, e ainda decide de maneira diferente em cada estado, em cada cidade", criticou Andrade, em entrevista exclusiva ao Brasil Econômico.Aocon-trário dos representantes das federações de indústrias do Rio de Janeiro e de São Paulo, que descarregam as baterias contra a contínua elevação da Selic, o presidente da CNI mostra-se compreensivo com o Banco Central: "Qual o outro mecanismo que você tem? Não estou dizendo que concordo com a política de aumento dos juros. Estou dizendo que o Banco Central não tem outra saída". Para ele, o Brasil melhorou, mas ainda há muito a ser feito: serviços públicos mais eficientes, expansão dos investimentos, e um plano de longo prazo capaz de dar direcionamento ao país são tarefas ainda pendentes.
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