Os números da edição deste domingo do “Fantástico” ainda serão avaliados detalhadamente nas esferas mais elevadas da Globo, mas já abriram discussões nos bastidores da emissora. O que todos querem entender é como um programa com tantas reportagens importantes e uma entrevista exclusiva com Edward Snowden só marcou 16.9 de média, um índice bem abaixo do que a revista eletrônica registrava antes de seu reforma. Neste domingo, o “Fantástico” começou com uma ótima reportagem sobre furtos em lojas praticados por famílias e grupo de amigos, com direito a imagem impressionantes da ação dos marginais. Depois, teve um pouco de tudo. Entrevista na Rússia com o homem mais procurado pelo governo americano, o detector de mentiras para Leandro Boldrini (pai acusado de ser o mentor da morte do filho), denúncia sobre abusos dos planos de saúde, mergulho com tubarões e até sexo. A revista eletrônica garantiu a liderança, mas bem longe do que estava acostumada e viu as concorrentes se aproximarem. Nesta faixa, a Record atingiu 12.7 pontos e o SBT 11.6 de média. A Band ficou com 5.1 e a Rede TV com 3.2 de média. Os números são preocupantes porque o “Fantástico” teve peso jornalístico com a exclusiva e as várias reportagens e variedade de assuntos e entretenimento. Mas, parece que parte do público não quis esse tipo de conteúdo. Qual o caminho? É esta pergunta que muitos se fazem nos bastidores da Globo e que sua resposta pode ajudar a contornar uma crise no “Fantástico”. (José Armando Vannucci)
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