O desabamento de parte de um viaduto no Eixão Sul, ontem, e a queda de uma laje da garagem de uma quadra da Asa Norte, na madrugada de domingo, não são coincidências e descortinam o descaso com a manutenção predial no DF, avaliam especialistas em construção civil. Segundo engenheiros, arquitetos e professores, a falta de uma cultura preventiva faz com que os governos priorizem novas construções. A negligência é tanta que extrapola prédios públicos e obras de arte especiais (OAE), como viadutos e pontes, e chega aos edifícios residenciais. Além disso, a ausência de políticas e estratégias voltadas para a conservação coloca os cidadãos de Brasília em risco constante.Para o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil no DF (IAB-DF), Célio Melis Júnior, é sintomático ter ocorrido dois acidentes de mesma natureza em questão de dias. “Isso sinaliza que todo o corpo técnico capacitado tem de se preparar para que se abra uma frente de trabalho de vistoria e obras de manutenção”, alertou. “Brasília deveria ter passado por isso. As vistorias precisam ser periódicas, sistemáticas e não podem ser preteridas”, avaliou.
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