FALE CONOSCO

FALE CONOSCO

RÁDIO ITABUNENSE

RÁDIO ITABUNENSE
24 HORAS ONLINE COM VC

Programa Comando em Conexão

Programa Comando em Conexão
Apresentação: Marcos Soares

Áudio Sul Web Rádio: https://www.audiosulwebradio.com.br/

Áudio Sul Web Rádio: https://www.audiosulwebradio.com.br/
Ouça através do site Radiosnet

Postagem em destaque

DATAS COMEMORATIVAS - O que se comemora no dia 6 de dezembro?

  Está se perguntando: afinal, 6 de dezembro é dia de quê? Então, saiba mais sobre Dia do Neuropsicopedagogo , Dia da Extensão Rural no Bra...

13 abril 2025

Cirurgia de Bolsonaro termina após 11 horas de procedimento para desobstruir intestino


Após cerca de onze horas de cirurgia, os médicos que acompanharam o ex-presidente Jair Bolsonaro terminaram a operação de desobstrução do intestino. Segundo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os profissionais finalizaram a intervenção para descolar as chamadas "aderências" no órgão, que já passou por outras seis cirurgias desde a facada de 2018.

Nas redes, Michelle relatou que o procedimento foi finalizado com "sucesso".

"Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e glória! Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo. Em breve, os médicos darão uma coletiva com mais informações. Meu coração transborda de gratidão a cada um de vocês que tem orado, enviado mensagens e intercedido pelo meu amor. Obrigada por estarem conosco nesse momento mais delicado. Seguimos firmes, com fé e esperança", escreveu Michelle.

Bolsonaro passou mal na sexta-feira no Rio Grande do Norte, após sentir os efeitos da retenção intestinal, e foi transferido no sábado para a capital do Distrito Federal. A operação começou pouco depois das 10h deste domingo, no DF Star. O problema de saúde é uma sequela do ataque desferido há sete anos.

Pouco antes do término da operação, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) falou sobre o caso a jornalistas e apoiadores do ex-presidente.

— Toda cirurgia no intestino é delicada e não estamos falando de um menino, é uma pessoa que já tem uma idade e que já passou por essa cirurgia. São sequelas. A família sempre soube que ele nunca teria uma vida normal depois que tentaram matá-lo.

Como foi o procedimento

O ex-presidente passou neste domingo por uma "laparotomia exploradora", cirurgia que consiste em cortar o abdome para examinar os órgãos internos.

No caso de Bolsonaro, houve o diagnóstico de retenção do fluxo do intestino. O objetivo, então, foi descolar "aderências" que bloquearam a digestão do ex-presidente. Depois, houve a reconstrução da parede abdominal, feita para reforçar a musculatura dessa parte do corpo.

Na noite de sábado, um dos médicos da equipe que acompanha o ex-presidente, Leandro Echenique explicou como seria feita a cirurgia.

— É uma cirurgia aberta, que vai corrigir essa parte da obstrução das alças (intestinais). Vai tirar a tela (implante que reforça a musculatura) que ele tem, recolocar, então vai ser feita (a desobstrução). Então é uma cirurgia bem extensa. Veja bem, é um abdome que já foi muito manipulado, desde 2018, quando ocorreu a facada.

Mais cedo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que a cirurgia no intestino de Bolsonaro deveria terminar entre 19h e 20h. Mas a operação só foi finalizada depois de 21h.

Susto no Rio Grande do Norte

O ex-presidente participava na sexta-feira de manhã de um ato político no Rio Grande do Norte quando começou a sentir dor na região da barriga. Ele foi atendido às 11h15 num hospital na cidade de Santa Cruz, a 115 quilômetros da capital potiguar, e depois foi transferido para Natal. Segundo boletim médico anterior, Bolsonaro apresentava um quadro de distensão abdominal.

Ao avaliar a situação de saúde, a equipe médica ficou preocupada com indícios de piora no quadro apresentado pelo ex-presidente. Desde a facada, Bolsonaro tem histórico de interrupção do trânsito no intestino, que é controlado a partir de medicação.

— Da forma como ele chegou, bastante desidratado, [com] muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos quadros anteriores que ele apresentou. Embora eu não tenha acompanhado presencialmente as outras ocasiões — afirmou em coletiva o médico Claudio Birolini, que acompanha o quadro clínico de Bolsonaro e participou da cirurgia em Brasília.

Alguns conselheiros queriam que ele fosse acompanhado em São Paulo pela equipe do médico Antonio Luiz Macedo, que monitora o estado de Bolsonaro desde a época da facada em 2018.

Michelle Bolsonaro, porém, se opôs à ideia e optou por realizar a cirurgia em Brasília, sob os cuidados de Birolini, especialista em parede abdominal.

Quais as causas da obstrução intestinal?

A obstrução intestinal, causa da atual internação de Bolsonaro, ocorre quando há bloqueio do intestino, parcial ou completo, o que impede o funcionamento normal do sistema digestivo ou a passagem das fezes. O ex-presidente também foi hospitalizado devido ao problema em maio do ano passado, em 2023 e em 2021. Em 2023, chegou a ser operado para resolver a obstrução.

Segundo informações do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), a obstrução intestinal pode ter diferentes causas. As mais comuns são aderências (faixas de tecido fibroso feitas por cicatrizes), tumores e hérnias. Casos como o de Bolsonaro, de pacientes que foram submetidos previamente a operações abdominais, são comuns devido às cicatrizes.

Outras causas citadas pela entidade são:

  • torção no intestino;
  • acúmulo de vermes;
  • diverticulite;
  • enterite pós-radioterapia;
  • impactação fecal;
  • intoxicação por chumbo;
  • penetrações de segmentos do intestino.

Quando a obstrução é parcial ou incompleta do intestino, o diagnóstico é chamado de suboclusão intestinal. Nesses casos, o tratamento geralmente não envolve a cirurgia e é realizado por meio da administração de líquidos por via intravenosa ou por uma sonda inserida na cavidade nasal que vai até o intestino.

O paciente também é mantido em jejum até que o problema seja completamente resolvido. O objetivo é aliviar a pressão no intestino para que a obstrução seja desfeita. O tratamento precisa ser feito em âmbito hospitalar, por isso a necessidade de internação.

Já em quadros mais graves de obstrução completa há a indicação da cirurgia para liberar manualmente o trânsito do intestino. A operação também pode ser recomendada quando o tratamento mais conservador não dá resultado em cerca de 48 horas, explica o cirurgião do aparelho digestivo Juliano Barra, do Hospital Sírio-Libanês.

Nenhum comentário: