A morte de um turista de 19 anos em uma praia de Trancoso, no litoral sul de Porto Seguro, reacende a discussão sobre a falta de salva-vidas em áreas exploradas por barracas que operam em faixa de areia da União, com forte apelo turístico, mas sem oferecer suporte adequado de segurança aos frequentadores.
O município não mantém serviço municipal de salvamento aquático, e o Corpo de Bombeiros, com efetivo reduzido, enfrenta dificuldades para cobrir toda a extensão litorânea da região. Além disso, muitos trechos com histórico de afogamentos não contam com sinalização adequada para alertar os banhistas sobre os riscos.
O feriado, que seria de descanso para Heberty Luiz Correa Ramos e a família, terminou em tragédia. O jovem, natural de Minas Gerais, se afogou no mar da Praia dos Nativos, um dos pontos mais movimentados da região.
Segundo relatos, Heberty e dois familiares se afogaram no mesmo momento. Dois foram resgatados com vida, mas ele desapareceu no mar. O corpo foi encontrado logo depois, já na areia.
O caso gerou comoção na cidade onde ele vivia. O time alto peão, do futebol amador, lamentou a perda. Herbert era atacante da equipe. Comissão técnica e atletas declararam luto. Um vídeo foi divulgado com o jovem marcando um gol em jogo recente.
CORRENTE DE RETORNO É RISCO COMUM EM TODA A REGIÃO
Trancoso, Arraial d’Ajuda e Caraíva estão entre os destinos do litoral sul de Porto Seguro que apresentam trechos perigosos para banhistas, principalmente por causa da corrente de retorno. O fenômeno, embora conhecido, ainda surpreende turistas e moradores, que muitas vezes não percebem o risco até serem puxados para dentro do mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário