Eduardo Bolsonaro entra na mira do STF após ameaça dos EUA contra Moraes: “molecagem'

 

As ações do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo Donald Trump e parlamentares americanos contra Alexandre de Moraes colocou o parlamentar novamente em rota de colisão com a corte.

Nos bastidores, os magistrados elevaram o tom sobre o filho de Jair Bolsonaro, descrevendo a saga do deputado contra Moraes como “molecagem” e “traição ao Brasil”, ao defender que um país estrangeiro interfira na própria nação.

Os ministros destacam que, no Brasil, a normalidade institucional está posta e apontam os EUA como local onde há riscos. Entre os fatos citados está o caso da juíza do condado de Milwaukee que chegou a ser presa no mês passado pelo FBI, acusada de obstruir agentes de imigração e de ajudar um cidadão mexicano a escapar da deportação. O episódio mostrou uma escalada da disputa do governo Trump e sua investida contra imigrantes e o Judiciário.

Questionados se Eduardo Bolsonaro sofrerá punições por parte do STF devido às ações que protagoniza nos EUA contra Moraes, os magistrados afirmaram que hoje não há medidas no cenário, mas que isso pode mudar.

Após o chefe do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, admitir que a gestão Trump pode aplicar sanções contra Alexandre de Moraes, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR). Lindbergh solicita que o órgão analise a necessidade da prisão preventiva do parlamentar.

No início do ano, o líder do PT apresentou uma notícia-crime que pedia a apreensão do passaporte de Eduardo. A demanda foi rejeitada por Alexandre de Moraes, mas, mesmo assim, Eduardo se mudou para os EUA alegando perseguição.