Jair Bolsonaro foi até a Polícia Federal, em Brasília, nesta quinta, para falar sobre seu papel como financiador da estadia do filho Eduardo nos Estados Unidos.
O deputado é investigado num inquérito por suspeitas de promover junto ao governo de Donald Trump uma campanha para intimidar autoridades que investigam bolsonaristas no STF, incluindo Alexandre de Moraes.
Ao falar dos repasses a Eduardo, Bolsonaro disse que mandou “bastante dinheiro legal” — cerca de 2 milhões de reais — ao deputado e que os repasses foram feitos para que ele não passasse dificuldades morando nos Estados Unidos.
“Eu botei 2 milhões na conta dele. Tenho dois netos de 1 e 4 anos. É bastante dinheiro”, disse.
Bolsonaro rebateu as suspeitas levantadas pela PGR de que o filho dele atue lá fora para atrapalhar as investigações judiciais contra bolsonaristas aqui no Brasil — ainda que isso seja publicamente assumido por Eduardo, quando admite atuar para prejudicar o juiz do caso no STF.
Num lance de provocação a Moraes, Bolsonaro disse ter “orgulho” do trabalho do filho lá fora, mas disse não considerar que a atuação configure um “trabalho” para prejudicar autoridades brasileiras.
“A perseguição continua, né. O trabalho que ele faz lá nos Estados Unidos é pela democracia no Brasil. Não existe lobby para sancionar quem quer que seja no Brasil”, disse Bolsonaro.
Acho chegar para prestar depoimento, mais cedo, Bolsonaro negou relação com Carla Zambelli, a deputada que fugiu do Brasil para não ser presa por invasão de sistemas no CNJ e porte ilegal de arma de fogo.
“Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli, não botei dinheiro no Pix dela”, disse Bolsonaro, em referência ao despacho de Moraes que determinou ao Banco Central a apresentação dos dados de todos que repassaram dinheiro ao pix de Carla.
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