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20 julho 2025

Carrefour confirma fechamento da unidade de Itabuna em agosto; sindicatos reagem e cobram explicações

 


Após adiamento em abril, o fechamento da unidade do Carrefour em Itabuna foi oficialmente confirmado para o mês de agosto. A loja, que funciona anexa ao Shopping Jequitibá, será desativada como parte do plano nacional de reestruturação do grupo, que já transformou ou encerrou 123 unidades em todo o país no último ano. A informação foi repassada aos funcionários, mas ainda não há confirmação se o espaço será transformado em uma loja Atacadão, Sam’s Club ou vendido para outro grupo.

O terreno e o prédio pertencem ao próprio Carrefour, e a operação atual possui horário de funcionamento independente das lojas do shopping. Procurado, o grupo ainda não se manifestou oficialmente sobre os próximos passos para o imóvel em Itabuna.

 Sindicatos protestam e anunciam medidas

O anúncio provocou reações imediatas dos sindicatos dos comerciários e dos trabalhadores de supermercados, que emitiram nota conjunta de repúdio e indignação diante da decisão. Para as entidades, o encerramento da operação representa uma medida prejudicial aos trabalhadores e à economia local, uma vez que dezenas de funcionários serão demitidos.

Os sindicatos questionam a justificativa do fechamento, destacando que o Grupo Carrefour Brasil lidera o ranking nacional de faturamento do setor, com R$ 120,59 bilhões registrados. Para as entidades, os lucros expressivos do grupo contrastam com a decisão de encerrar uma unidade em funcionamento.

Apesar da mobilização sindical, inclusive com promessa de acionar o Ministério Público do Trabalho, o caso ainda está dentro da legalidade empresarial: uma empresa tem o direito de reestruturar sua rede conforme sua estratégia, desde que respeite os direitos trabalhistas dos funcionários afetados.

 Transição indefinida

Até o momento, não há indicação de continuidade das operações no formato atacarejo ou clube de compras — possibilidade que foi adotada em outras cidades. A ausência de informações oficiais reforça a incerteza quanto ao destino do espaço e ao futuro dos trabalhadores envolvidos.

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