A conta de energia elétrica dos brasileiros vai ficar mais cara a partir de agosto. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25) o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, o nível mais alto do sistema de tarifas, que indica condições muito desfavoráveis para geração de energia. Isso representa uma cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, valor que será automaticamente acrescido na fatura.
É a primeira vez desde outubro de 2024 que a bandeira vermelha nível 2 é ativada. Em 2025, a Aneel já havia acionado o sistema de bandeiras tarifárias em junho e julho, mas nos níveis mais baixos. A nova sinalização reforça o alerta para o momento crítico do setor elétrico brasileiro.
Seca pressiona sistema elétrico
Segundo a Aneel, o principal motivo para a medida é o baixo volume de chuvas, que reduz o nível dos reservatórios das hidrelétricas e obriga o acionamento de usinas termelétricas – fontes mais caras e poluentes de geração de energia. Com isso, os custos de produção aumentam e são repassados diretamente aos consumidores.
O sistema de bandeiras tarifárias funciona como um termômetro da situação energética do país. Em momentos de maior estabilidade, como nos períodos de chuvas abundantes, é acionada a bandeira verde, sem custo extra. Já em situações de maior escassez ou necessidade de fontes mais caras, entram em vigor as bandeiras amarela ou vermelha, em dois patamares de severidade.
Entenda quanto custa cada bandeira:
- Verde – sem cobrança adicional
- Amarela – R$ 1,88 a cada 100 kWh
- Vermelha patamar 1 – R$ 4,46 a cada 100 kWh
- Vermelha patamar 2 – R$ 7,87 a cada 100 kWh
Uma família de quatro pessoas, com consumo médio entre 150 kWh e 200 kWh por mês, pode ter um aumento de até R$ 15 a R$ 16 na conta apenas pela cobrança extra da bandeira.
Como aliviar o impacto na conta
A Neoenergia sugere dicas para evitar surpresas no fim do mês. Consumidores podem adotar hábitos simples que reduzem o consumo de energia sem comprometer o conforto. Abaixo, algumas orientações práticas que valem tanto para residências quanto para empresas e indústrias:
- Apague as luzes ao sair dos ambientes e aproveite ao máximo a iluminação natural
- Substitua lâmpadas convencionais por modelos de LED, mais econômicos e duráveis
- Evite abrir a geladeira com frequência e mantenha a borracha de vedação em bom estado;
- Prefira usar o chuveiro na posição “verão” sempre que possível;
- Agrupe roupas para lavar e passar de uma vez só, reduzindo o uso de eletrodomésticos;
- Retire aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso;
- Mantenha o ar-condicionado limpo e regulado, com temperaturas moderadas;
- Invista em eletrodomésticos com selo Procel de eficiência energética;
- Faça manutenções periódicas nas instalações elétricas para evitar perdas e sobrecargas.
- Em um momento de energia mais cara, consumo consciente é a melhor forma de aliviar o impacto no bolso e contribuir para o equilíbrio do sistema elétrico nacional.
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