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08 agosto 2025

Morre o sambista Arlindo Cruz, aos 66 anos

 

Morreu o sambista Arlindo Cruz, aos 66 anos, nesta sexta-feira, 8. Em 2017, Arlindo Cruz sofreu um AVC isquêmico, e lidava com sequelas graves desde então, com dificuldades na mobilidade e na fala. Nos últimos anos, o cantor passou por diversas internações para tratar complicações de saúde, e chegou a ter uma parada cardíaca de 15 minutos, mas foi reanimado pela equipe médica. A morte foi confirmada pela mulher do cantor, Babi Cruz, e ele estava internado no hospital Barra D’Or, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Com mais de 700 músicas gravadas, o músico é um dos grandes sambistas brasileiros. O contato com a música começou através do pais, que tocavam pandeiro e cavaquinho — o último, inclusive, foi o primeiro instrumento que ganhou, aos 7 anos de idade. A carreira despontou começou no início da década de 1980, quando passou a participava de rodas de samba do bloco Cacique de Ramos ao lado de nomes como Jorge Aragão e Beth Carvalho. Lá, ele se consolidou como compositor, e teve canções gravadas por vários intérpretes. A primeira delas foi Lição de Malandragem, seguida por Grande Erro (Beth Carvalho), Novo Amor (Alcione), entre outras. Foi como membro do Fundo de Quintal, no entanto, que seu nome ganhou força. Arlindo entrou no grupo em 1981, depois da saída de Jorge Aragão. Lá, compôs canções como O Show Tem Que Continuar Só Pra Contrariar, e consolidou seu nome como intérprete.

Doze anos depois, deixou o grupo para lançar-se em carreira solo. Batizado de Arlindinho, seu primeiro álbum solo foi lançado em 1993, com doze faixas, ainda em formato de vinil. De lá pra cá, lançou oito álbuns solos e uma série de outros em parceria com diversos artistas. Entre seus maiores sucesso estão canções como Meu Lugar, do álbum Sambista Perfeito, onde exalta seu bairro do coração, Madureira, além de clássicos como Bagaço da Laranja e Camarão Que Dorme a Onde Leva. Apaixonado pelo carnaval, Arlindo também escreveu, por muitos anos, os sambas da Império Serrano, antes de escrever também para a Grande Rio, Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. 

Com o AVC sofrido em 2017 e as sequelas deixadas sua carreira foi encerrada precocemente. O último projeto artístico do cantor foi Pagode 2 Arlindos, feito em 2017 com o filho Arlindinho. Ele não deixou, no entanto, de ser uma figura emblemática para o samba carioca: em 2023, a Império Serrano transformou a história do músico no enredo Lugares de Arlindo. O músico deixa a esposa, Babi Cruz, com quem mantinha uma união há mais de 26 anos, e os filhos Arlindinho e Flora Cruz.

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