
A Operação Carbono Oculto, que desbaratou esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital, levou a Justiça a bloquear recursos de instituições de pagamento usadas pelo PCC. O bloqueio atingiu o BK Bank que, segundo a Receita Federal, de 2020 a 2024 movimentou R$ 46 bilhões em contas "não rastreáveis".
O bloqueio já afeta desde a Prefeitura de Ilhéus até estatais que usavam o banco. Os Correios anunciaram a suspensão dos pagamentos em cartão de crédito e débito, por tempo indeterminado, tanto em lojas físicas quanto no site. Com isso, não é mais possível agendar postagem pelo site ou aplicativo.
A operação contra o crime organizado respingou em Ilhéus, onde os servidores da Prefeitura e da Câmara utilizam o vale-alimentação do BK, que deixou de ser aceito pelos supermercados. Ao Jornal das Sete, da Morena FM 98, o servidor de uma escola municipal disse que descobriu da pior forma, quando fazia compras num estabelecimento.
Ele também mostrou avisos dos supermercados. O temor dos estabelecimentos é de que o banco não repasse os pagamentos feitos com o vale-alimentação, já que os recursos da empresa estão bloqueados. Procurada pelo Jornal das Sete, a Prefeitura de Ilhéus informou que os repasses do município para o BK Bank “estão em dia”.
A gestão acrescentou que acompanha a situação da empresa e que avalia “as medidas cabíveis para que o direito dos servidores municipais seja respeitado”. Em nota, o BK Bank afirmou que foi "surpreendido" pela decisão judicial. A Câmara de Ilhéus ainda não se manifestou. Enquanto isso, mais de 5 mil servidores estão sem o vale-alimentação.
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