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Apresentação: Marcos Soares

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03 setembro 2025

Venezuela acusa EUA de usar inteligência artificial para criar vídeo de ataque a navio

 

A Venezuela acusou os Estados Unidos nesta quarta-feira, 3, de usarem inteligência artificial (IA) para criar um vídeo divulgado na véspera em que, segundo o Departamento de Estado americano, um navio venezuelano carregado de drogas e com “11 terroristas” a bordo é destruído.

A operação foi anunciada pelo presidente Donald Trump na terça-feira 2. O governo de Nicolás Maduro não reconheceu por ora a destruição do navio e a morte da tripulação. Mas, em uma transmissão pela TV que fez com representantes dos municípios venezuelanos, tocou a música “Tiburón”, um clássico antiamericano de Rubén Blades.

As tensões no Caribe em relação à mobilização militar de Washington atingiram um nível sem precedentes, e Trump testou os limites com o uso da força militar contra o narcotráfico em águas internacionais. No vídeo divulgado pelo presidente republicano, um barco desaparece em chamas após ser atingido por um projétil. A identificação das pessoas a bordo também não foi divulgada.

Embora a Venezuela não tenha se manifestado oficialmente sobre o ataque, o ministro das Comunicações, Freddy Ñáñez, denunciou em mensagem em seu canal do Telegram que o vídeo divulgado por Trump foi criado com inteligência artificial. “Parece que Marco Rubio (secretário de Estado americano) continua mentindo para seu presidente: depois de levá-lo a um beco sem saída, agora lhe oferece um vídeo com IA (assim comprovado) como ‘prova’. O que a Gemini diz sobre este vídeo?”, escreveu o funcionário, publicando a resposta da plataforma à pergunta que fez para confirmar sua teoria.

Washington vem aumentando a pressão sobre a Venezuela nos últimos meses, ao mesmo tempo em que coordena as deportações de venezuelanos com o próprio chavismo. No início do ano, a gangue Tren de Aragua e os cartéis de drogas de origem venezuelana, incluindo o Cartel dos Sóis, foram classificados como organizações terroristas. Segundo os Estados Unidos, ambas as organizações são lideradas por Maduro e outros altos funcionários de seu governo.

Com esse argumento, ele implementou uma intensa operação militar no Caribe contra o narcotráfico. Maduro também endureceu sua retórica contra os Estados Unidos. Ele insistiu que o envio de oito navios de guerra e um submarino nuclear para o Caribe é “a maior ameaça que a região já enfrentou em cem anos”, comparável apenas à Crise dos Mísseis de Cuba de 1962.

O chavismo alega que o governo americano alimentara uma narrativa para forçar uma mudança de governo na Venezuela, sob falsas acusações de tráfico de drogas contra seus líderes. Outros países, como a Argentina e a República Dominicana, seguiram os Estados Unidos e declararam o Cartel dos Sóis uma organização terrorista.

O governo Maduro citou o aumento nas apreensões de narcóticos como prova de que não está envolvido em cartéis. No mês passado, o presidente também enviou 15 mil soldados para a fronteira com a Colômbia em um plano conjunto para combater as gangues criminosas que operam naquele corredor.

Maduro reiterou nesta terça-feira que os americanos pretendem atacar a Venezuela recorrendo a “uma história em que ninguém acredita”. “Eles estão vindo atrás do petróleo venezuelano; eles o querem de graça. Esse petróleo não pertence a Maduro, muito menos aos americanos. Pertence a vocês, o povo da Venezuela”, disse o presidente em discurso transmitido pela TV. Mais uma vez, ele minimizou as acusações de Trump e denunciou diretamente Marco Rubio de ser o principal responsável pelas investidas, afirmando que ele “quer sujar as mãos do presidente Donald Trump de sangue”.

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