O programa Gás do Povo vai começar a funcionar ainda neste mês de novembro, de acordo com o governo Lula. Ele vai substituir o Auxílio Gás e ampliar o benefício, passando de 5,6 milhões para 15,5 milhões de famílias até março de 2026.Na audiência pública realizada na quarta-feira, dia 12, a diretora de Programas do Ministério do Desenvolvimento Social, Analúcia Alonso, explicou que as primeiras famílias já vão receber o benefício ainda neste mês. Ela também informou que, até março de 2026, todas as pessoas beneficiadas poderão recarregar os botijões de gás gratuitamente, com o apoio do governo.
O programa é voltado para famílias que estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e que tenham uma renda de até meio salário mínimo por pessoa, que atualmente é R$ 759. Além disso, quem recebe o Bolsa Família terá prioridade no atendimento.
A principal mudança é que o benefício não será mais entregue em dinheiro, mas poderá ser retirado gratuitamente na revendedora de gás. De acordo com Marcelo Viana Paris, diretor da Caixa Econômica Federal, quem receber o benefício poderá usar qualquer cartão do banco. Para quem não tiver conta, basta informar o CPF na máquina e receber um código liberar o botijão.
O presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, comentou que, com a implementação completa do programa, o consumo de gás pode aumentar em até 60 milhões de botijões. No entanto, ele também destacou que a tabela de preços proposta pelo governo preocupa o setor, pois ela diverge dos valores pesquisados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O deputado Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, que criou a lei do Auxílio Gás e é vice-presidente da comissão mista responsável pelo tema, afirmou que a medida provisória (MP5) deve ser votada ainda neste ano, já que ela perde a validade em 11 de fevereiro de 2026.

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