O avião que caiu na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, nesta sábado foi retirado do mar no início da tarde deste domingo. Um rebocador com um guindaste retirou a estrutura, que será encaminhada para perícia e, assim, ter a causa da queda determinada. No acidente morreu o piloto Luiz Ricardo Leite de Amorim, de 40 anos, único ocupante da aeronave.
O rebocador se posicionou na praia ainda pela manhã e chamou a atenção dos banhistas. A área em que estava o avião foi isolada para que então ele fosse retirado.
O acidente aconteceu pouco depois das 12h, entre os postos 3 e 4 da praia, na altura da Rua Santa Clara. Havia motos aquáticas e outras embarcações na água, mas nenhuma outra pessoa se feriu. Testemunhas contaram que, na hora da queda, foi ouvido um estrondo e, logo em seguida, a faixa que a aeronave carregava caiu no mar.
Segundo a prefeitura, a empresa dona do avião, a Visual Propaganda Aérea, não tinha licença para fazer a campanha deste sábado, e será autuada. O Cenipa apura o que causou a queda. O acidente também será investigado pela Polícia Civil.
De acordo com representantes da Visual, era a primeira vez que Luiz pilotava um avião com uma propaganda.
Estrondo antes
Testemunhas contaram que, na hora da queda do avião, foi ouvido um estrondo e, logo em seguida, a faixa que a aeronave carregava caiu no mar. O técnico óptico Edmar Cabral Bezerra, de 58 anos, relata que tinha acabado de sair da água naquele momento:
— Sentei na areia e ouvi um barulhão. O pessoal do meu lado falou que era um avião. É complicado, porque é uma vida, estamos no fim de ano, época de confraternização.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 12h34, e atuou com equipes em motos aquáticas e embarcações infláveis, além de mergulhadores e apoio aéreo, de helicóptero. Pelo menos sete veículos da corporação foram usados para transportar o material das buscas, chamando atenção na Avenida Atlântica.
No meio da tarde, investigadores do Cenipa também chegaram a Copacabana. Um integrante do grupo afirmou que, após o içamento, a aeronave seria levada para uma marina, onde os técnicos apurariam detalhes sobre o acidente.
Tradição no Rio
A prefeitura explicou que a Visual tem alvará para fazer publicidade aérea, mas não tinha pedido licença para o trabalho de sábado. A Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) ressaltou que “promove fiscalizações periódicas em todas as atividades econômicas no Rio para evitar que este tipo de infração ocorra”.
De acordo com banhistas, cerca de dez minutos após a queda do monomotor, as outras aeronaves que sobrevoavam a areia e a água pararam de atravessar Copacabana. Esses pequenos aviões são comuns na orla do Rio e anunciam de tudo, de aplicativos de relacionamento e bets até candidatos em eleições de times de futebol e produtos tradicionais do carioca.
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