O Corinthians está na final da Copa do Brasil. A vaga veio de forma dramática, com uma vitória sobre o Cruzeiro por 5 a 4 nos pênaltis após derrota por 2 a 1 no tempo normal. Agora, o time paulista aguarda a definição do adversário, que virá do clássico entre Vasco e Fluminense. As finais serão na próxima quarta, em São Paulo, e no domingo que vem, no Maracanã.
A classificação foi atingida numa partida eletrizante e pelas mãos de alguém que a torcida corintiana já se acostumou a ter como herói: Hugo Souza. O arqueiro brilhou nos pênaltis ao defender duas cobranças. Uma noite repleta de simbolismo, já que, do outro lado da disputa, estava ninguém menos que Cássio, ídolo que defendeu a meta do clube paulista por 12 anos e participou de conquistas históricas, como a Libertadores e o Mundial de Clubes de 2012.
Depay, Garro, Vitinho, Gustavo Henrique e Bidon converteram as penalidades do Corinthians. Cássio, que pela primeira vez enfrentou seu ex-clube numa disputa de pênaltis, defendeu a cobrança de Yuri Alberto. Já pelo Cruzeiro, Matheus Pereira, Vanderson, William e Lucas Silva marcaram. Mas Gabigol e Wallace pararam em Hugo Souza.
Antes, o Cruzeiro conseguiu acabar com a vantagem corintiana, que vencera o primeiro jogo, com um começo avassalador. O time mineiro foi a São Paulo com outra postura em relação à partida da última quarta e chegou a abrir 2 a 0, com gols do equatoriano Arroyo aos 39 da etapa inicial e aos 4 do segundo tempo.
Só que o Corinthians, que sofreu um apagão no primeiro tempo e apenas se defendeu dos mineiros, soube reagir. Descontou cinco minutos depois de ter sofrido o segundo gol, com Matheus Bidu, e, mais do que isso, passou a ser o time com as melhores chances. Se não empatou, ao menos conseguiu garantir o resultado que levou a disputa para os pênaltis.
Os números mostram como cada time foi melhor em um dos tempos. No primeiro, os cruzeirenses tiveram 59% de posse e finalizaram cinco vezes, tendo marcado um gol e obrigado o goleiro Hugo a fazer uma defesa difícil.
Na segunda etapa, apesar do gol cruzeirense logo nos primeiros minutos, o domínio foi corintiano. Com os mesmos 59% de posse que o rival teve antes do intervalo, o time da casa finalizou impressionantes 13 vezes.
Méritos para Dorival Junior, que soube corrigir os problemas que se apresentaram na primeira etapa. Com a entrada de Garro, resolveu a falta de conexão entre meio e ataque. Ele ainda anulou Matheus Pereira, que vinha tendo muita liberdade e sendo o melhor jogador da partida.
Como os 90 minutos não conseguiram resolver quem seria o finalista, a definição ficou para os pênaltis. Foi aí que a estrela de Hugo Souza brilhou.
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