Agentes da Polícia Nacional da Espanha desarticularam ontem uma quadrilha especializada em explorar sexualmente mulheres Latino-americanas em Madri. Onze pessoas foram presas, entre elas dois brasileiros que, segundo as investigações, seriam os líderes do grupo. Para controlar a movimentação nos quatro imóveis que o bando mantinha na cidade, eles montaram uma espécie de ‘Big Brother do Sexo’.Através de câmeras de vídeo instaladas nos apartamentos, era possível acompanhar tudo o que se passava nos prostíbulos. As imagens eram transmitidas em tempo real pela internet, para computadores que estavam instalados no apartamento onde brasileiros viviam, no bairro Arganzuela.A quadrilha também contava com uma central telefônica com três pessoas encarregadas de atender as chamadas dos clientes e agendar os programas.
Identificados apenas como Jeferson e Tatiane, os dois brasileiros foram surpreendidos com a chegada da polícia enquanto dormiam.No mesmo edifício, também foram presos um homem e uma mulher que seriam os responsáveis por recolher o dinheiro arrecado com a prostituição nas casas ligas à quadrilha.
Os agentes da Polícia Nacional da Espanha ainda estiveram nas quatro casas de prostituição ligadas ao grupo, ondeencontraram 38 mulheres de vários países da América Latina. Pelo menos 17 delas estão em situação irregular no País. Ao todo foram apreendidos 80 celulares, um cofre e três quadros com os nomes das garotas de programa, e informações sobre o local onde estavam trabalhando no momento.
As investigações começaram depois que uma jovem que trabalhava para a quadrilha decidiu procurar a polícia para pedir ajuda. Segunda ela, jovens estrangeiras estavam sendo obrigadas pelo grupo a se prostituir. Os envolvidos vão responder pelos crimes de prostituição, tráfico de seres humanos, associação indébita e crime contra a saúde pública.
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