
O depoimento do empresário Walter Paulo Santiago à CPI do Cachoeira, ontem, voltou a trazer à tona a venda de uma casa em Goiânia que pertencia ao governador de Goiás, Marconi Perillo, e onde Carlinhos Cachoeira morava até ser preso, em 29 de fevereiro. Entre os pontos em comum nos discursos de Santiago e Perillo, está o fato de nenhum dos dois saber explicar por que Cachoeira vivia no imóvel. Desde a instauração da CPI, o enredo da venda da mansão é o mais comprometedor para Perillo, que prestará depoimento no colegiado na terça-feira. O empresário, que classificou Perillo como "guerreiro incansável", afirmou que comprou a casa do governador por R$ 1,4 milhão, em dinheiro, e a registrou em nome da imobiliária Mestra, da qual é representante legal. A empresa tem capital de R$ 20 mil, apenas dois funcionários e, desde 2006 não tinha atividades. O negócio foi intermediado por Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia, em julho de 2011. Desde a venda, registrada no cartório do município de Trindade, a casa passou a ser ocupada por Cachoeira e a mulher, Andressa Mendonça. Santiago afirmou à CPI que, embora tivesse acabado de adquirir o imóvel, não sabia por quem estava sendo usado. "Wladimir pediu 45 dias para entregar a casa, pois teria de emprestá-la a uma amiga. Eu aceitei e nunca procurei saber que amiga é essa. Não gosto de saber da vida de ninguém", tentou argumentar.
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