
No comando da área de Abastecimento da Petrobras, responsável por um prejuízo de R$ 22,9 bilhões, superior ao lucro de R$ 21,18 bilhões da estatal em 2012, o gaúcho José Carlos Cosenza prevê que a empresa continuará tendo déficit de 300 mil barris de derivados por dia algum tempo. Em entrevista ao Valor, Cosenza explica que a oferta menor que a demanda por combustíveis só se encerrará quando todas as novas refinarias da companhia ficarem prontas. A data estimada é 2020-2022. Até lá, a Petrobras vai sempre "correr atrás do mercado", nas palavras do diretor. A estatal ainda tem um pequeno espaço para aumentar a produção de derivados até meados deste ano. Depois disso, explica Cosenza, só com as novas refinarias. As primeiras são a Refinaria do Nordeste ou Abreu e Lima (em Pernambuco) e o primeiro estágio do Comperj (no Rio). A unidade de Pernambuco começa a processar os 230 mil barris da capacidade inicial entre novembro de 2014 e maio de 2015. Já o início de operação da refinaria do Comperj, com 165 mil barris ao dia, está previsto para abril de 2015. Este ano, a estatal obteve licença ambiental permitindo começar as desapropriações e a construção de um píer na Praia da Beira (São Gonçalo) e uma estrada de 18 quilômetros. Esta levará até o local da obra equipamentos gigantescos, inclusive a unidade de hidrocraqueamento catalítico (HCC), única do país e que pesa mais de mil toneladas. A estrada ficará pronta em outubro de 2014.
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