Todo dia 19 de abril comemora-se no Brasil e em vários outros países do continente americano o Dia do Índio ou o Dia dos Povos Indígenas. O 19 de abril remete ao dia em que delegados indígenas, representantes de várias etnias de países como o Chile e o México, reuniram-se, em 1940, no Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Essa reunião tinha o propósito de discutir várias pautas a respeito da situação dos povos indígenas após séculos de colonização e da construção dos Estados Nacionais nas Américas. O Primeiro Congresso Indigenista Interamericano serviu como agenda programática para essas políticas públicas. Uma das decisões tomadas foi a escolha do dia em que ocorreu o congresso como o Dia do Índio. A partir do ano seguinte, vários países do continente americano passaram a incluir em seus calendários o 19 de abril como dia de homenagem aos povos nativos ou indígenas. A celebração do Dia do Índio tem como propósito também a preservação da memória e a reflexão crítica nas universidades, escolas e demais instituições semelhantes sobre o passado da relação de dominação e conquista das civilizações europeias no continente americano.
Sabemos da fundamental importância na formação étnica cultural dos povos indígenas na população brasileira, formada por seus costumes, rica na cultura, nas línguas e nos saberes. São povos que resistem ao longo dos anos, rico nas diversidades de etnias, mas que cada um possui suas tradições culturais próprias, tem sua história particular, conhecimentos e práticas únicos, mas não podemos deixar de expressar que existe uma única “cultura indígena”.
Não há muito o que celebrar, mas muito
para se refletir, principalmente sobre os valores culturais e a
importância da sua preservação e o respeito. É costume acreditar que o
início da história do Brasil como país se deu através
da colonização. Mas os povos que aqui habitavam continham – e contêm –
uma sabedoria milenar, que hoje é esquecida pelo nosso povo. Os
colonizadores dizimaram os indígenas e apagaram sua história, e a prova
disso é que nenhum brasileiro médio conhece qualquer coisa sobre os
povos do “Brasil” pré-colônia portuguesa. De lá para cá, costumou-se
nessa data realizar “homenagens” aos índios, que costumam se resumir em
pessoas brancas vestindo os símbolos da cultura indígena como “fantasia”
e pouca ou nenhuma discussão sobre a existência e resistência dessas
culturas nos dias atuais. Não se fala, por exemplo, que temos uma luta
séria de demarcação de terras indígenas contra grandes empresas
exploradoras de recursos naturais.
Nos unamos a luta pelos que deram início a história do Brasil, por que todo dia é dia de Indígena.
O COMPIR (Conselho Municipal da Igualdade Racial), expressa assim nossa homenagem a cultura étnica indígena Brasileira, aos Índios pelos anos de lutas e resistência.
Brejo Santo
Cidade de Todos
Igualdade para Todos.
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