A
ansiedade é uma reação natural do organismo, mas, quando se manifesta de
forma frequente e intensa, pode se tornar um transtorno psicológico. O
Brasil é o país com mais casos de transtornos de ansiedade no mundo, com
cerca de 18 milhões de pessoas afetadas, segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS). Ao identificar a dimensão do problema, as estudantes
Emília Vieira Araújo e Tainara Rocha de Oliveira, do Colégio de Tempo
Integral Antônio Batista, em Candiba, desenvolveram, sob orientação da
professora Marciele de Oliveira, um óleo corporal à base de capim-santo,
com efeito calmante que ajuda a aliviar os sintomas da ansiedade.
A orientadora Marciele revela que a
ideia surgiu na aula de iniciação científica. “Essa disciplina propõe ao
aluno a elaboração de um projeto. Foi aí que surgiu o interesse em
fazer o trabalho, e que fosse algo para sanar algum problema enfrentado
na sociedade e no nosso cotidiano. Pesquisamos e identificamos que a
ansiedade era um problema atual, e muito perto dos estudantes. Também
através da pesquisa surgiu a ideia de um óleo corporal que fosse de
baixo custo e acessível”.
A planta capim-santo foi escolhida
após a equipe identificar propriedades que contribuem para o relaxamento
do corpo. “Optamos pelo capim-santo por ser uma erva medicinal bastante
utilizada em chás e de fácil acesso. Além disso, nossa pesquisa mostra
que seus componentes, como o citral, promovem relaxamento e sensação de
calma. O aroma da planta ajuda a diminuir sintomas como aceleração dos
batimentos cardíacos e agitação. A receita tem na sua composição o
extrato de capim-santo e óleo de coco, sendo, portanto, 100% natural”
explica Marciele.
O projeto, que conta com o apoio da
Secretaria da Educação (SEC), passou por uma fase de testes e será
aprimorado. “O óleo foi distribuído para pessoas que relataram sofrer de
ansiedade. Elas utilizaram o produto por um período de 15 a 20 dias.
Com o uso, os voluntários confirmaram que o óleo proporcionou bem-estar,
alívio dos sintomas da ansiedade e melhora na qualidade do sono”,
ressalta.
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