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20 agosto 2025
Afetados pelo tarifaço, setores ligados a Bolsonaro procuram o governo Lula
Por Rafaela Gama
Afetados pelas tarifas de 50% impostas pelos EUA, entidades e empresários ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e que celebraram a volta de Donald Trump à Casa Branca buscam agora uma aproximação com o governo Lula. O movimento abarca setores como o de armas e de supermercados, que, diante de prejuízos milionários e a ameaça de perda de mercados, têm procurado integrantes da gestão petista, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, para negociar soluções e mitigar os efeitos do tarifaço. No agronegócio, a taxa marcou uma virada no discurso.
A estratégia foi puxada por empresas como a Taurus, uma das maiores fabricantes de armas e munições do país. Ligado a Bolsonaro, o CEO global da companhia, Salesio Nuhs, celebrou no início do ano a posse de Trump. Ele estimou em fevereiro que a projeção de crescimento do setor tinha saído de 2% para 25% com a troca presidencial. Com o tarifaço, a situação mudou.
No dia seguinte à aplicação das tarifas, as ações da Taurus registraram queda de 7%, provocando perda de mais de R$ 33 milhões em valor de mercado. Em resposta, representantes da empresa recorreram a Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
— Nos reunimos com o vice-presidente da República para destacar a importância estratégica da nossa empresa. A autonomia do Brasil seria prejudicada, e o ministro da Defesa me acompanhou nessa pauta — disse Salesio em uma teleconferência para investidores na semana passada.
Nos planos da empresa, contudo, também entrou a ideia de transferir a principal linha de produção para o território americano, para onde cerca de 90% da produção é escoada. O CEO afirmou que a companhia mantém conversas com a embaixada americana, além das equipes do vice-presidente JD Vance e do governador Brian Kemp, da Geórgia, onde fica a filial da Taurus.
Fonte: Agência O Globo
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