A Justiça italiana decidiu manter a prisão cautelar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o que culminou na rejeição do pedido da defesa da parlamentar para conversão em prisão domiciliar.
A decisão foi publicada na última sexta-feira (15), após audiência realizada no Tribunal de Apelações de Roma na quarta-feira passada (13). Segundo nota da Advocacia-Geral da União (AGU), o Brasil influenciou na decisão italiana, enviando "documentos e argumentos jurídicos decisivos para confirmar a legalidade da prisão cautelar para fins de extradição" que foram validados pela Suprema Corte da Itália.
De acordo com a AGU, a questão de saúde de Zambelli ainda será analisada pela Justiça italiana, que determinou a realização de perícia médica oficial, realizada no dia 18 de agosto.
"O laudo será discutido em nova audiência, no dia 27, quando o tribunal decidirá se Zambelli seguirá em prisão cautelar ou se poderá ser transferida para regime domiciliar por motivos médicos", declarou a entidade.
Antes de deixar o Brasil, Zambelli foi condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto.
Após ser localizada em Roma, na Itália, a pedido da Suprem Corte, a deputada foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol. O Ministério do Interior da Itália recebeu o pedido de extradição em 12 de junho.
Em 29 de julho, Zambelli foi presa e encaminhada ao presídio feminino de Rebibbia, na capital italiana.
Na primeira audiência, realizada em 1º de agosto, a Justiça italiana determinou sua permanência na prisão durante a análise do pedido de extradição para o Brasil, mas autorizou o uso de medicamentos.
Ela afirma ter Síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença rara que provoca frouxidão nos músculos e articulações.
Os advogados pediram que deputada ficasse em um apartamento em Roma, cumprindo medidas cautelares enquanto o caso tramita.Os advogados também utilizaram de argumentos como baixo risco de fuga e apreensão de passaporte, mas não tiveram o pedido deferido pela justiça italiana.
"A Corte rejeitou a argumentação da defesa, ao reconhecer que a prisão de Carla Zambelli pela polícia italiana foi correta, pois a prisão ocorreu em cumprimento a mandado emitido pelo Supremo Tribunal Federal, posteriormente objeto de uma Difusão Vermelha da Interpol", diz trecho da nota da AGU.
Fonte: CNN Brasil
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