Em setembro, segundo mês em que vigorou a nova tarifa americana de 50% sobre a maior parte dos produtos exportados pelo Brasil, as exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 20,3%, uma queda de 0,7 bilhões de dólares, em relação ao mesmo mês de 2024. No entanto, a diminuição nos embarques para o segundo maior parceiro comercial do Brasil não impediu o avanço das exportações totais e das vendas para China, Europa e América do Sul.
As exportações para a China, que é a maior compradora do país, cresceram 14,9% em setembro de 2025, aumentando em 1,1 bilhão de dólares. Os embarques para a América do Sul, por sua vez, avançaram 29,3%. Já as vendas para o continente europeu cresceram 3,47%. Os dados são da balança comercial para o mês completo divulgados nesta segunda-feira, 6, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Já as exportações para o mundo todo tiveram um aumento de 7,2% no mesmo período comparativo. O destaque do setor foi a agropecuária, especialmente pela venda de sementes oleaginosas e animais vivos, não incluindo pescados ou crustáceos. No acumulado de setembro, as exportações brasileiras somaram 30,5 bilhões de dólares.
As importações brasileiras somaram 27,5 bilhões de dólares, um crescimento de 17,7% em relação a setembro do ano anterior. O setor de importação foi impulsionado principalmente pela agropecuária, sobretudo pela compra de soja, e pela Indústria de Transformação, que engloba a aquisição de plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes.
Assim, o saldo da balança comercial do Brasil ficou positivo em 3 bilhões de dólares, valor 41,1% menor do que no mesmo mês do ano passado, quando a diferença entre as exportações e as importações do país ficou positiva em 5,1 bilhões de dólares.
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