Frequentadora assídua de salões de beleza, a bacharel em direito Ana Cláudia Santana optou por reduzir os gastos com os serviços depois de notar alta generalizada dos preços. Para começar a cortar os custos, resolveu dispensar a manicure e pintar as próprias unhas. Depois, aprendeu a se maquiar, fazer a sobrancelha, cortar e hidratar os cabelos. Hoje, também corta o cabelo da mãe e do pai e vai ao salão apenas para pintar as unhas do pé. "Tinha cadeira cativa no salão, mas tive que aprender a fazer tudo em casa e, hoje, economizo R$ 500 por mês", diz. Em 2011, Ana Cláudia pagava R$ 80 para cortar o cabelo, custo que subiu a R$ 120 neste ano. O aumento no período foi de 33%, quase cinco vezes acima da inflação oficial no país, de 6,70% nos últimos 12 meses até junho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta, que também foi sentida em outros serviços, levou a família a assumir outras tarefas. "Aqui em casa cada um lava seu próprio carro. Temos diarista uma vez por semana e nos outros dias nós mantemos a casa organizada", garante. Termômetro da economia, os serviços têm grande impacto no orçamento das famílias e, consequentemente, nos negócios dos brasileiros. Do último trimestre de 2012 para o primeiro deste ano despencou a taxa de crescimento do setor, de acordo com pesquisa do IBGE. A expansão foi de 0,5%, metade do índice apurado no fim do ano passado e pior desempenho para o período desde 2005.
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