
No canteiro de obras em que se transformou o Rio, há seis locais onde, desde setembro, não se ouve o barulho das máquinas que deveriam estar com motores ligados a todo vapor. O motivo da estranha calmaria é simples. Pelo fato de todos os pontos estarem localizados na Zona Portuária, área de recentes descobertas arqueológicas, nenhum deles pode sofrer intervenções sem a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Quem passa, por exemplo, no último quarteirão da rua Pedro Ernesto, na Gamboa, já consegue ter a dimensão do atraso. Em pouco mais de cem metros percorridos, há uma cratera aberta com cerca de um metro de altura em quase toda a extensão. Por ali, arqueólogos vasculham todo o terreno em busca de descobertas históricas. As obras só podem prosseguir depois de um parecer do instituto atestando que no local não existe um sítio de valor arqueológico.
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