Um asteroide com dimensões comparáveis às de um avião comercial se aproximará da Terra na próxima semana. Batizado de 2025 OW, o corpo celeste tem cerca de 64 metros de comprimento e deverá passar a uma distância segura de aproximadamente 630 mil quilômetros do nosso planeta — equivalendo a 1,6 vezes a distância média até a Lua.
Apesar da velocidade elevada, estimada em mais de 75 mil km/h, o sobrevoo é considerado comum e sem riscos, segundo especialistas da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa).
“Isso é muito rotineiro. Se houvesse alguma ameaça real, vocês saberiam por nós. Sempre publicamos alertas no nosso blog de defesa planetária”, informa Ian J. O’Neill, especialista em mídia do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), em entrevista a jornais norte-americanos.
A movimentação de objetos faz parte da dinâmica natural do sistema solar
A cientista do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Cneos), da Nasa, Davide Farnocchia reforça que a movimentação de objetos como esse faz parte da dinâmica natural do sistema solar: "Aproximações desse tipo acontecem o tempo todo".
Além do 2025 OW, uma equipe da agência especial norte-americana, responsável por monitorar diversos asteroides, informa que pelo menos outros cinco objetos devem se aproximar da Terra na próxima semana.
"Ainda que o 2025 OW chame a atenção pelo tamanho, sua órbita é bem conhecida e controlada, o que garante a tranquilidade dos cientistas. Sabemos exatamente onde ele estará e provavelmente continuaremos sabendo pelos próximos cem anos", destacou O’Neill.
Para os curiosos de plantão, a má notícia é que o 2025 OW não será visível nem com binóculos. Mas um espetáculo maior está reservado para os próximos anos: o asteroide Apophis, que deve se aproximar da Terra em abril de 2029.
Asteroide Apophis passará pela Terra em 2029
Com cerca de 335 metros de extensão, o Apophis passará a somente 38 mil quilômetros do nosso planeta, uma distância inferior a de alguns satélites geoestacionários. Por isso, será visível a olho nu em algumas regiões, oferecendo uma oportunidade rara de observação direta.
Tanto O’Neill, quanto Farnocchia destacam que, embora a Terra receba cerca de cem toneladas de material espacial por dia, a maior parte consiste em poeira inofensiva. Impactos maiores são extremamente raros.
A Nasa reforça que segue atenta por meio de seus programas de defesa planetária, com foco na transparência e divulgação pública, e lembra que muitas das manchetes alarmistas sobre asteroides são mais sensacionalistas do que científicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário